27 de jul. de 2009

Gestão profissional

Não sou especialista na área de profissionalização do futebol. Longe disso. Mas, como torcedor gostaria de meter o meu bedelho no assunto. E escrever é a coisa mais fácil do mundo. O difícil é encarar a realidade de frente. E viver vinte e quatro horas o dia de um time de futebol é um desafio e tanto. O assunto profissionalização do departamento de futebol do América veio à tona depois da entrevista concedida pelo dirigente Eduardo Rocha à Tribuna do Norte. Cansados, os Rochas (José e Eduardo, pai e filho) estão deixando a linha de frente do comando do futebol americano. Ficarão até o final do ano. Estão abrindo as portas do clube para quem sabe seja implantado um modelo de gestão profissional.

E que modelo seria esse?
Para alguns, parece que basta colocar um dirigente remunerado que tudo vai mudar. É o primeiro passo: o dirigente remunerado. Como um mágico, esse tal dirigente conseguirá todos os patrocínios, tornará o futebol visível no cenário nacional, os melhores jogadores desembarcarão no Augusto Severo como se aqui fosse um novo eldorado. Não é bem assim, todos sabem. Lembro que quando o nosso adversário inaugurou o estádio Maria Lamas, muitos apregoaram que era a redenção, a salvação. Hoje, atolado em dívidas, ninguém se encoraja a tocar no assunto. O grande problema é que vivemos em um estado pobre e sem pujança. As grandes empresas geralmente viram as costas e o que se consegue de patrocínio é na base da amizade. Os exemplos estão aos olhos de todos: Carnatal, Cavaleiros do Forró, Facex, Nutriday, Água Mineral Santa Maria, etc. Os próprios patrocínios estatais são arrancados graças às influências de dirigentes que possuem trânsito livre junto ao poder executivo. Se existisse um modelo de gestão vitorioso, todos os clubes adotariam. No futebol, contudo, não existe regra. O que resolve são as vitórias, três pontos, conquistas.

Futebol não é fácil
O velho ditado “quem não pode com o pote não pega na rodia” é muito bonito da boca pra fora. Quem vai substituir os que “não estão agüentando o pote”? Na última eleição do América, o Dr. José Rocha teve que voltar a comandar o barco, pois não apareceram candidatos. O fardo é pesadíssimo. O desgaste é imenso. O torcedor é imediatista e só admite vitórias. No primeiro tropeço, tudo passa a ser questionado. Todo o passado de glórias é deletado com um leve toque na tecla DEL. Infelizmente a realidade é essa.
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1 comentários:

Adriano Freire disse...

Excelente comentário, você também poderia postá-lo nos demais blogs e comentários de jornais sobre futebol. Parabéns!

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