Além de não depender das próprias forças para avançar de fase no campeonato brasileiro, o Paysandu atravessa um momento delicado financeiramente. O elenco não recebeu salário nos últimos dois meses e alguns jogadores deverão ser dispensados para aliviar a folha de R$ 600.000,00. Sem negar os salários atrasados, o presidente Luiz Omar disse que a diretoria se articula para pagar até sexta feira mais um mês, e que a falta de recursos é o principal motivo dos atrasos. "A gente (diretoria bicolor) contava com uma receita de R$ 800 mil, R$ 900 mil reais nesses três últimos jogos em casa, e a gente nao 'tirou' nem R$ 300 mil" conta Luiz Omar.
Para piorar a situação, membros da extinta Terror Bicolor invadiram o gramado da Curuzu na tarde de hoje (15), durante o treino do Paysandu. Desde o início do treino coletivo, o técnico Édson Gaúcho parecia incomodado com a movimentação da torcida, que fazia batucada e estendia faixas de protesto nas arquibancadas.
Por causa do barulho da torcida, Gaúcho interrompeu o coletivo e pediu para a maioria dos titulares descer para os vestiários. Foi durante o treino de finalização, com poucos jogadores, entre eles o goleiro Alexandre Fávaro, o atacante Rafael Oliveira e o meia Luciano Henrique, que cerca de 30 torcedores invadiram o gramado cobrando mais empenho do time. Visivelmente irritado, o técnico Édson Gaúcho chegou a tentar tirar um dos integrantes da torcida pelo braço. Depois, os ânimos foram acalmados e os torcedores se retiraram da Curuzu.