9 de dez. de 2011

Lei obriga clubes a jogarem na Arena PE

Para evitar que a Arena Pernambuco, em construção para a Copa de 2014, se torne um elefante branco depois da competição, o governo estadual criou uma polêmica em relação ao uso do estádio.
Publicada no "Diário Oficial do Estado" em 24 de novembro, a lei 14.486 obriga os clubes do Recife a mandarem seus jogos na nova arena para receber o dinheiro do programa Todos com a Nota a partir de 2013, em detrimento dos estádios existentes: Ilha do Retiro, Arruda e Aflitos.
O programa, criado em 2008, permite que o torcedor troque notas fiscais por ingressos de partidas de futebol. As notas devem somar R$ 100 por cada ingresso.
A Secretaria da Fazenda do Estado disse que foram trocadas mais de 3,6 milhões de notas por ingressos em 2011, 44% a mais que em 2010.
Afirmou também que o programa repassou R$ 8,8 milhões aos clubes, o equivalente a 36% das suas receitas.
Uma alternativa é que cada clube faça um acordo com o consórcio gestor da Arena, liderado pela Odebrecht, para mandar um número de partidas, ainda não definido.
Segundo Gustavo Aguiar, coordenador do Todos com a Nota, serão necessários 70 jogos/ano para bancar o estádio.
O Náutico firmou um acordo, em outubro, para trocar os Aflitos pela Arena. Até a inauguração, prevista para dezembro de 2012, o clube receberá R$ 500 mil por mês.
Segundo cálculos da reportagem, Náutico, Sport e Santa Cruz sediam, juntos, 81 partidas, considerando as primeiras fases da Copa do Brasil, do Pernambucano e das Séries C e D, além das Séries A e B. Se o Santa Cruz subir para a Série B em 2013, o número chega a 96 partidas.
Em ambos os casos, os prejuízos podem ser altos. Em jogos importantes mandados em seus estádios, como as finais do Pernambucano deste ano, o Sport faturou R$ 616 mil com bilheteria, e o Santa Cruz, R$ 1,18 milhão.
O presidente do Sport, Gustavo Dubeux, disse que a posição do clube é de tranquilidade. "Em 2013, nós estaremos construindo a Arena Ilha do Retiro e poderemos jogar na Arena ou no Arruda."
Dubeux, que crê em acordo entre clubes e governo, diz que o time é proibido, por contrato, de mandar jogos fora da Ilha após a reconstrução.
Antonio Luiz Neto, presidente do Santa Cruz, preferiu não se manifestar sobre o assunto e declarou que qualquer discussão, neste momento, é "precoce".
Segundo ele, que também acredita em um acordo, o Santa Cruz não deixará o Arruda, por causa de decisão do Conselho Deliberativo.

Da Folha de São Paulo

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