28 de fev. de 2013

FPF agora vai punir clube se torcida acender fogos

A morte do boliviano Kevin Espada, 14, vítima de tiro de sinalizador dado por um torcedor corintiano, fez o Tribunal de Justiça Desportiva de São Paulo e a Federação Paulista de Futebol igualarem a entrada de fogos de artifício em estádios a casos de racismo e brigas entre torcedores.
O TJD-SP e a FPF anunciaram ontem uma série de medidas para tentar coibir a utilização de artefatos pirotécnicos em estádios de futebol.
A resolução, imediatamente posta em vigor, recomenda que árbitros paralisem os jogos em que notarem a utilização de "fogos, sinalizadores e afins" e comuniquem a polícia sobre os incidentes.
Os casos também devem ser relatados na súmula, abrindo assim a possibilidade de os times serem julgados e punidos -as penas variam de multa de R$ 100 a desfiliação do clube (em casos de reincidência constante, como definiu a federação).
"Aquele tipo de sinalizador [naval, usado por corintianos na Bolívia] talvez seja até pior do que uma arma, porque o buraco que deixa é maior", disse o presidente da federação Marco Polo Del Nero.
O tratamento que fogos de artifício terão nos estádios paulistas será semelhante ao dado a manifestações racistas e brigas entre torcedores nas arquibancadas.
Nos dois casos, segundo o presidente do TJD-SP, Mauro Martins de Lima e Silva, os juízes devem interromper as partidas e relatar os problemas na súmula das partidas.
O endurecimento das regras contra instrumentos de pirotecnia são restritas, por enquanto, ao Campeonato Paulista e aos outros torneios organizados pela FPF.
O TJD-SP vai enviar uma sugestão ao STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) sugerindo que a medida ganhe abrangência nacional.
Del Nero, que também é vice da CBF, prometeu conversar com o presidente da entidade que manda no futebol nacional, José Maria Marin, para a ampliação da regra.
A entrada de qualquer tipo de fogo de artifício ou de sinalizador em estádios brasileiros é proibida desde a revisão do Estatuto do Torcedor, sancionada em 2010.
Porém, o próprio chefe de segurança da FPF, coronel Marcos Marinho, admitiu à Folha que a revista policial feita nas arenas não tem como deter esses instrumentos.
"Não é segredo que as organizadas estão ligadas aos clubes. Pedimos, então, aos presidentes dos clubes que nos ajudem a coibir os fogos nos estádios", declarou Marco Polo Del Nero.
Da Folha de São Paulo
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