Estava programada como sentença fundamentalista esquerdossaura ou direitista furiosa, a morte do América diante do Santa Cruz. Em Recife, bravo chão de resistência, literatura e carnaval, pulsava o massacre rubro pelo tricolor em erupção. Frevo geral, a chance de sentar entre os quatro melhores pontuados e consolidar a reconstrução moral da subida contínua de divisões.
Era como sentenciado em expressão bovina, conformada, que o América era esperado no duelo na Arena Pernambuco. Duelo é exagero do redator. O clima impiedoso de sol e festa antecipada era de fuzilamento ou sangramento a golpes de goleada.
O Santa Cruz, favorito, vencera o América sem maiores resistências em Natal no primeiro turno e apenas trucidaria um adversário agonizante em sua luta, ferido em sua dignidade para não cair para a terceirona.
E eis que a palavra pronunciada no grito de cada americano é dignidade. A dignidade é caráter. A dignidade é respeito. A dignidade é a luta. A dignidade está em extinção. A dignidade restante é a fibra é o sangue fervendo de resistência. A dignidade é dos bravos.
O América venceu com dignidade e Max, seu predestinado, seu Predestimax, artilheiro das horas em que desistir é a lógica e resistir é a luz acesa no impossível. Max foi Daniel na Cova da Cobra Coral, a vitória e a vida mantida no América.
Max, nada mais que a explosão real do (uni)verso pernambucano de Manuel Bandeira: “Quero a delícia de poder sentir as coisas mais simples.” Max permitiu o prazer sonhado por Bandeira a cada americano.
Era como sentenciado em expressão bovina, conformada, que o América era esperado no duelo na Arena Pernambuco. Duelo é exagero do redator. O clima impiedoso de sol e festa antecipada era de fuzilamento ou sangramento a golpes de goleada.
O Santa Cruz, favorito, vencera o América sem maiores resistências em Natal no primeiro turno e apenas trucidaria um adversário agonizante em sua luta, ferido em sua dignidade para não cair para a terceirona.
E eis que a palavra pronunciada no grito de cada americano é dignidade. A dignidade é caráter. A dignidade é respeito. A dignidade é a luta. A dignidade está em extinção. A dignidade restante é a fibra é o sangue fervendo de resistência. A dignidade é dos bravos.
O América venceu com dignidade e Max, seu predestinado, seu Predestimax, artilheiro das horas em que desistir é a lógica e resistir é a luz acesa no impossível. Max foi Daniel na Cova da Cobra Coral, a vitória e a vida mantida no América.
Max, nada mais que a explosão real do (uni)verso pernambucano de Manuel Bandeira: “Quero a delícia de poder sentir as coisas mais simples.” Max permitiu o prazer sonhado por Bandeira a cada americano.
1 comentários:
É INCRÍVEL. DE UMA HORA PRA OUTRA FIQUEI FÃ DE RUBENS LEMOS. ESSA LEITURA PLURAL E OPORTUNA QUE ELE FAZ DE UMA PARTIDA DECISIVA E TÃO PLENA DE NUANCES, DE ALÇAR UMA SITUAÇÃO DE DESESPERO AO GOZO DA REALIZAÇÃO ATRAVÉS DO GOL, E TRAZER PRA BEM PERTO DA MEMÓRIA DAQUELES QUE ESQUECEM RÁPIDO, O QUANTO MAX JÁ FEZ E CONTINUA FAZENDO PELO AMÉRICA. MAX NÃO É CRAQUE. ME FAZ RAIVA PELOS GOLS PERDIDOS, ME SURPREENDE PELAS ASSISTÊNCIAS, MAS O QUE MAIS SURPREENDE É A SUA CONSTANTE PRESENÇA NOS MOMENTOS MAIS DECISIVOS QUE O AMÉRICA PRECISA. PARABÉNS NOVAMENTE RUBENS, PELO SUBLIME TEXTO. SOU AMIGO DE CAMILO SEU IRMÃO, E MOSTREI A ELE SEU ÚLTIMO TEXTO. NO MESMO MOMENTO ELE TE MANDOU UMA MENSAGEM. NESSA SEMANA QUE SE APRESENTA O "FESTIVAL LITERÁRIO DE NATAL" VOCÊ JÁ DEU O PONTAPÉ INICIAL COM POMPA E CIRCUNSTÂNCIA. GRANDE ABRAÇO!
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