Na vida, a gente sabe, a reviravolta é elemento inevitável. Para o bem. Para o mal. Dos erros, tiramos a lição. Das derrotas, tiramos a vitória. Pois bem...
No ano de 2014, minha nem tão longa vivência futebolística me dizia que o América alcançaria muita coisa, isso porque, fato notório, tínhamos um elenco que nos possibilitava certo otimismo. Aliás, contarei, um dia, sobre o Novo Maracanazzo aos meus netos e estes aos netos seus. O tempo, que sempre corre em disparada, nunca apagará as glórias.
Mas, a gente sabe, a reviravolta é elemento inevitável. Fomos vítimas do próprio erro. O descenso foi um balde d'água fria sobre essa nação que avermelha as linhas demarcatórias do RN. Felizmente, o relógio da vida não cansa. Passada a ventania, chegava-nos a calmaria: precisávamos reconhecer o erro para, enfim, darmos o próximo passo. Com coragem, vimos 2015 bater em nossas portas.
Um necessário desmanche de elenco nos ocorreu. Mantivemos Roberto Fernandes, que firmou compromisso, consigo e com a Nação Alvirrubra, de continuar na jangada nesse mar tão revolto.
Os 122 dias iniciais do nosso Centenário foram suficientes para que o América vivesse o inferno e o céu. O côncavo e o convexo. Mesmo com a vaga garantida nas finais do Estadual 2015, encaramos a despedida do Nordestão e a perda do Segundo Turno. Deram-nos por rendidos e vencidos. Não esperaram a bola rolar. Muitos quiseram nos matar ali.
Mas, a gente sabe, a reviravolta é elemento inevitável. O América, esqueceram, é imorredouro. A gente passará. O América se perpetuará. Foram 190 minutos de bravura. De absoluto destemor. De muito América. Ressurgimos. Nos reerguemos. Centenário, o América permanece Campeão. Porque o América sempre é Campeão.
O respeito, a gente também sabe, é igualmente elemento inevitável. Assim, com o bom respeito, escrevemos o Lamazzo mais bonito da história centenária do América Futebol Clube, o Orgulho do RN.
Matheus Galvão
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