25 de nov. de 2016

O que explica o sucesso da Chapecoense

A Chapecoense é o orgulho do oeste catarinense desde que o time chegou à Série A. Um lugar próspero, com grandes empresas, mas que no cenário nacional não era conhecido. Por isso, a equipe é tão abraçada. Se antes, nas arquibancadas da Arena Condá se viam camisas de Grêmio e Inter, hoje a única cor vista é o verde.
A chegada à decisão da Copa Sul-Americana só reforça o ótimo momento do clube que vem se transformando ano após ano. Em 4 de abril de 2010, o Verdão do Oeste foi rebaixado para a Segundo Divisão do Campeonato Catarinense. Porém, com a desistência do Atlético de Ibirama de disputar o torneio do ano seguinte, a Chape permaneceu na elite do Estado. Os anos seguintes são só de glória para a equipe. Nesses últimos cinco anos a Chapecoense conquistou duas vezes o Catarinense, subiu de série duas vezes e agora está na inédita final da Sul-Americana, o primeiro time de Santa Catarina a chegar a uma decisão de uma competição internacional.
Essa conquista foi trilhada por um planejamento competente. O Verdão não tem dívidas, o que permite uma melhor negociação de contratos com atletas. Boa parte do elenco deste ano estava em 2015 no clube.
Um exemplo dessa organização foi a contratação de Caio Júnior. Quando Guto Ferreira anunciou que havia recebido uma proposta tentadora do Bahia, a direção não fez loucuras para permanecer com o técnico. Havia dinheiro em caixa para uma proposta maior, mas isso seria fugir do que foi planejado para os gastos do ano.
Caio Júnior era um técnico que o vice de futebol, Mauro Stumpf, e o gerente, Cadu Gaúcho, já desejavam ter contratado em 2014. Então, ele foi a primeira opção. O acerto foi rápido, e o técnico entendeu a filosofia do clube. Não foram contratados jogadores de nome e se apostou na base montada.
O time é cascudo. São atletas rodados e que já tiveram oportunidades em times grandes como Cleber Santana, Thiego, Gil, Ananias, Kempes. Mais de 50% do elenco tem contrato até 2017, e o presidente Sandro Pallaoro é claro em relação ao próximo ano.
— Temos um time montado, só sai se alguém pagar a multa rescisória. Se não, permanece no clube — conta o mandatário que está no comando desde 2011 e acabou de ser reeleito para mais quatro anos de comando.
A Arena Condá, que é uma fortaleza para o clube, e que influência demais nessa Copa Sul-Americana, não será personagem da final. Por causa do regulamento da competição, que proíbe uma final em um estádio com capacidade menor de 40 mil torcedores, a Chapecoense terá que decidir o título longe de casa. A diretoria do Verdão tem duas opções: jogar em Porto Alegre ou Curitiba.
Sandro Pallaoro explica que Grêmio, Inter, Atlético-PR e Coritiba abriram as portas para receber o jogo. Basta uma definição. O certo, até agora, é que a diretoria já se prepara para levar o máximo de torcedores ao estádio escolhido.
— Não estamos pensando no lado financeiro, sim é importante, mas estamos dentro do orçamento previsto para o ano e não temos dívidas. Por isso, vamos fazer de tudo para ajudar a nossa torcida a ir ao jogo, a ter o máximo de ônibus saindo de Chapecó — explicou Mauro Stumpf.
A um passo de conquistar o maior título da história do futebol catarinense, a Chapecoense também parece preparada para o futuro. Se mantiver os pés no chão e o crescimento da estrutura, como fez no últimos anos com a construção do CT da Água Amarela, o Verdão do Oeste pode dar ainda mais exemplos ao futebol brasileiro. 

Por André Podiacki, setorista do Verdão do Oeste no jornal Diário Catarinense.
Com você, o Mecão é ainda mais forte. Seja Sócio!

0 comentários:

Postar um comentário

Política de moderação de comentários:
A legislação brasileira prevê a possibilidade de se responsabilizar o blogueiro pelo conteúdo do blog, inclusive quanto a comentários; portanto, o autor deste blog reserva a si o direito de não publicar comentários que firam a lei, a ética ou quaisquer outros princípios da boa convivência. Não serão aceitos comentários anônimos ou que envolvam crimes de calúnia, ofensa, falsidade ideológica, multiplicidade de nomes para um mesmo IP ou invasão de privacidade pessoal / familiar a qualquer pessoa. Comentários sobre assuntos que não são tratados aqui também poderão ser suprimidos, bem como comentários com links. Este é um espaço público e coletivo e merece ser mantido limpo para o bem-estar de todos nós.

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.