Afirmar que um placar justo é relativo, da mesma forma que é muito fácil dizer que uma vitória foi construída pela "competência", a palavra da moda no futebol. Sendo assim, resta dizer que vitória do América no Clássico Rei deste domingo (29), em Goianinha, foi merecida. Muitíssimo merecida, por sinal.
Primeiro porque mais uma vez - e como já era esperado - o América foi o time que tomou a iniciativa e esteve "em cima" do ABC durante os 90 minutos de jogo. Segundo porque, também novamente, o técnico Roberto Fernandes mandou seu time para cima mesmo quando esteve atrás do marcador.
Com destaque para as atuações de Márcio Passos e Fabinho, o nome do jogo, o time rubro novamente conseguiu tirar proveito do maior defeito do ABC, a "precaução", e virou o jogo para cima do rival com dois belos gols.
O primeiro de Isac (que, com todo respeito ao jogador, nunca mais deve conseguir fazer outra pintura daquela) e o outro de Lúcio Curió, que começou com um passe de cabeça de Fabinho para Pingo, que arrancou e cruzou na medida para o atacante americano dar uma plástica cabeçada na bola.
Quem garantiu a vitória americana, porém, foi o técnico Leandro Campos. Com certeza ele vai ter uma desculpa para justificar a substituição de Raul por Leandro Cardoso no momento em que o ABC estava atrás do placar e, incrivelmente, começava a sair para o jogo.
Se quis segurar, talvez era porque estava gostando do resultado.

* Luan Xavier é repórter esportivo do Novo Jornal e editor do blog Na Beira do Campo

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