Se for eleito presidente do América na próxima terça-feira (27), Beto Santos terá o legítimo direito de formar a sua diretoria com pessoas da sua absoluta confiança. Ele certamente ouvirá a opinião de muita gente, mas a palavra final será a sua, livre e soberana. Faço essa abordagem inicial diante de alguns comentários que foram feitos por torcedores e imprensa sobre um possível retorno de Ferdinando Teixeira ao América para ocupar o cargo de superintendente de futebol. É preciso separar as coisas. O clube não deve ser movido por picuinhas que extrapolam as suas paredes. Os vetos de alguns desafetos do ex-treinador não podem ser levados em conta. Penso que a experiência, vivência e seriedade de Ferdinando serão importantíssimas na caminhada do clube em 2016. Ferdinando certamente não terá a palavra final sobre contratações, pois quem conhece um pouco de Beto Santos sabe que tudo terá que ser feito com o seu aval, mas chegará para ajudar. Para concluir, lembro o desempenho pífio de superintendentes jovens e "conhecedores do mercado" que andaram pelo futebol do RN recentemente. Gente com sotaque de outras terras, mas que aqui fracassaram. Lembro, ainda, que realizamos ótimas contratações nos últimos 10 anos, mas o rol de equívocos também é enorme e Ferdinando não estrava entre nós. Lembro, por fim, que superintendente algum ganha campeonato sozinho e muito menos pode ser responsabilizado isoladamente por qualquer fracasso. Futebol não é tão simples como muitos imaginam.